A Secretaria de Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul (Seim) reuniu nesta quarta-feira diversas entidades para a instalação do Conselho de Comércio Exterior do Paraná. Criado em cumprimento às diretrizes do governo federal, o conselho será apresentado aos empresários do Paraná e, depois, instalado com o intuito de ampliar a participação do setor privado nas decisões que envolvem a política de exportação.
Para o secretário Luis Mussi, o conselho funciona como mais uma ferramenta para a sociedade civil com o objetivo de promover as exportações paranaenses, que atingiram a marca de US$ 8,1 bilhões entre janeiro e outubro deste ano. "Já superamos em US$ 1 bilhão as vendas internacionais de todo o ano de 2003, que ficou em US$ 7,15 bilhões", informa.
União
O presidente da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), Darci Piana, disse que é preciso solucionar os gargalos que ainda emperram as exportações no país. "A questão da logística, porto, transporte, tributação e burocratização são apenas alguns pontos que precisam da união das entidades para a busca de soluções". Para ele, a criação do conselho vai ajudar na solução.
Para Valquíria Mac Dowell, vice-presidente de comércio exterior da Associação Comercial do Paraná (ACP), que presta consultoria direta com câmaras bilaterais e consulados, as entidades no estado atualmente estão dispersas em seus trabalhos. "O conselho será um centro de informações e de oportunidades para os empresários, além de um centro de promoção de forças dirigidas para as exportações".
Missões
O governo do Paraná já possui o Programa de Desenvolvimento da Produção, executado por sete Secretarias de Estado.
Uma das diretrizes do programa são as missões comerciais. De acordo com o secretário do Conselho de Comércio Exterior, Santiago Gallo, para o próximo ano o Paraná vai promover novas rodadas de negócios e missões empresariais.
"Não há dúvida de que essas missões têm garantido uma efetiva inserção de mais produtos paranaenses no mercado externo", afirma. Segundo Gallo, para 2005, o Paraná levará missões para a Alemanha, França, Panamá, China, Portugal, México, Estados Unidos, África do Sul e demais países do Mercosul.
"É preciso agora uma colaboração do empresariado e das entidades privadas para que o governo responda cada vez mais aos anseios dos empresários. Governo e entidades unidas geram resultados efetivos para a sociedade", conclui.