Governo investe no atendimento às vítimas de violência

A Secretaria da Saúde fez a apresentação nesta terça-feira (17) no Museu Oscar Niemeyer dos seus programas e projetos na área de atenção à vítima de violência voltado para a humanização dos serviços. ?A violência é o início de caminho difícil que seguirá a criança e o adolescente por toda a vida?, afirmou a coordenadora do programa de saúde do adolescente, Mariane Corbeta. Ela destacou as parcerias feitas pela Secretaria para o atendimento das vítimas de violência sexual, principalmente para evitar uma ?rota de peregrinação?.

Segundo Mariane, a Secretaria de Saúde em Curitiba, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, cede médicos para auxiliarem o Instituto Médico Legal na realização dos exames de corpo de delito nos hospitais. ?Evitamos que a pessoa, além da violência já sofrida, ainda tenha que se submeter à violência institucional?, disse.

A Secretaria está trabalhando para implantação do serviço de atendimento à violência contra a mulher, criança e adolescente em todo o Estado. Em parceria com os municípios, consórcios intermunicipais de saúde e outras instituições, 11 cidades já estão em processo de capacitação, entre elas Ponta Grossa, Araucária, Paranaguá e mais oito cidades sedes de consórcios. ?Precisamos sensibilizar os gestores municipais para que eles implantem os serviços nas suas cidades?, afirmou Mariane. Os centros têm como objetivo o atendimento integral, multidisciplinar e humanizado das pacientes, nos casos de violência sexual, seguindo as normas do Ministério da Saúde.

As vítimas são acompanhadas em um período mínimo de seis meses, visando prevenção e tratamento das DST/AIDS, gravidez proveniente de estupro e outros distúrbios de saúde que possam advir destas violências. Entre os municípios que já contam com o serviço destacam-se Curitiba e Foz do Iguaçu (neste caso, com o Hospital Costa Cavalcanti).

Por último a coordenadora enfatizou o trabalho de capacitação feito pela Secretaria de Saúde com os profissionais da área, para implementar a notificação, percepção e tratamento contra as violências. ?É importante capacitar a atenção básica, que tem condições, por ser um trabalho de ponta, de dar visibilidade a violência, trabalhando inclusive na prevenção?, disse. Por meio dos Pólos Regionais de Educação Permanente pretende-se capacitar toda a atenção básica, abrangendo agentes comunitários de saúde e equipes do Programa de Saúde da Família.

Finalizando sua apresentação, Mariane avaliou a importância da capacitação dos médicos peritos para reconhecimento dos sinais da violência contra a criança e o adolescente, propiciando assim laudos que municiem de maneira mais adequada a continuidade do atendimento às vítimas.

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