Governo federal pode enfrentar onda de paralisações

Pelo menos dois setores devem engrossar as paralisações no serviço público federal a partir da semana que vem: os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e os ligados à Ciência e Tecnologia. Já estão parados funcionários do Banco Central, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e da Cultura. E a lista deve aumentar até o começo de junho, afirma Josemilton Costa, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público (Condsef). Ele cita para breve movimentos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), universidades federais (servidores administrativos e professores) e escolas técnicas.

?O governo não negocia e ainda cria um clima de hostilidade?, ataca Costa. O sindicalista aponta as três principais insatisfações dos servidores públicos: o descumprimento de acordos fechados com o governo, a proposta de regulamentação do direito de greve e o projeto de lei complementar que limita a despesa com pessoal e encargos sociais no serviço público. ?Por mais que o governo diga que não, haverá congelamento de salários?, afirma Costa sobre o projeto que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O sindicalista diz ainda que a proposta de regulamentação do direito de greve – que está em análise na Casa Civil – só ?incendiou a categoria?. E a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que na terça-feira comparou greve sem desconto de salário com férias, é uma ?asneira?, afirma Costa. ?Parece que ele esqueceu que foi sindicalista. Nós negociamos e repomos as demandas represadas trabalhando sábados, domingos e feriados.?

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