Governo do PR vai reativar usinas de álcool para atender mercado japonês

Para atender a enorme demanda do mercado japonês, o Governo do Paraná pretende dar todo o apoio para que oito usinas de álcool paranaenses, atualmente desativadas, voltem a operar com capacidade total, gerando milhares de empregos diretos. A revelação foi feita na noite de quarta-feira (09) pelo secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, durante jantar que o governador Roberto Requião ofereceu a uma comitiva de empresários japoneses, tendo a frente o embaixador do Japão no Brasil, Takahiko Homirura.

O governo japonês determinou que, numa escala crescente, seja adicionado álcool anidro na gasolina que abastece a frota de 78 milhões de veículos que circulam pelo país, como forma de reduzir a poluição do ar. Atualmente, é feita a mistura de 3% de álcool, mas nos próximos anos deverá chegar a 10%. ?O mercado é altamente promissor. Conheço o mercado japonês, suas montadoras de veículos, e estou certo de que, se eles realmente adotarem a adição de 10% de álcool na gasolina, nem mesmo a reativação dessas oito usinas paranaenses será suficiente para atender a demanda daquele país. Por isso, há o interesse do Governo do Estado e estamos nos empenhando para reativar essas usinas, para que possamos produzir álcool em larga escala?, disse Virgílio.

Shigeru Otake, ministro da Embaixada do Japão no Brasil, responsável pelas áreas de indústria e comércio, confirma o interesse dos japoneses pelo álcool paranaense. ?O Japão está pesquisando outro tipo de energia sustentável, para não contar tão somente com a energia proveniente do carbono. O álcool aparece como uma excelente alternativa, por se tratar de energia renovável?, comentou.

Segundo ele, o Japão tem interesse também em ampliar suas importações de frango e soja do Paraná. ?Atualmente, no Japão, há uma grande preferência por produtos não trangênicos. A soja pura produzida no Paraná atende a demanda e a exigência do mercado japonês que, em função disso, deve ampliar seus negócios aqui. No caso do frango, a ampliação das importações fica por conta da gripe aviária, que atingiu paises que tradicionalmente exportavam para o Japão?, contou Otake.

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