O Governo do Estado iniciou nesta quinta-feira (03) o workshop ?Aspectos teóricos e práticos do Manejo Florestal ? um enfoque para a araucária angustifolia?, em Curitiba. O encontro é direcionado a técnicos de todas as regiões do Estado e tem como objetivo formular propostas para o desenvolvimento de políticas públicas que visem o manejo sustentável da araucária. O workshop prossegue até esta sexta-feira (04).
Atualmente o Estado possui apenas 0,8% da Floresta de Araucária, que já ocupou 49% do território paranaense. De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, a defesa dos últimos remanescentes da Floresta com Araucária é essencial para assegurar uma amostra mínima da biodiversidade regional.
Segundo ele, uma das propostas é retomar o manejo da araucária ou de qualquer outro tipo de espécie exótica dentro da reserva legal. ?Ou seja, o agricultor poderá cortar o pinheiro da sua reserva, fomentando a sua economia, mas desde que ele plante novas árvores?, afirmou o secretário.
Reserva legal, de acordo com o Código Florestal, é uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas.
O coordenador do programa Paraná Biodiversidade, Erich Schaitza, disse que atualmente as florestas de araucária paranaenses possuem baixo valor econômico e valor ecológico limitado.
Também estão sendo abordados temas como a recuperação ambiental após a intervenção do homem, a proliferação excessiva de espécies como a taquara em meio às araucárias, uso sustentável dos recursos naturais, entre outros. ?Preservar as araucárias é também uma garantia para manter viva a memória da paisagem original para que as futuras gerações possam saber porque o pinheiro, a imbuia e a erva-mate fazem parte dos símbolos regionais?, afirmou o secretário do Meio Ambiente.
Paraná Biodiversidade – O programa Paraná Biodiversidade visa recuperar a diversidade biológica no Estado. Para isso, desenvolve trabalhos voltados à educação ambiental e à formação de Corredores de Biodiversidade ? que viabilizam o fluxo de animais e vegetais.
Estes corredores são formados por meio da conexão de remanescentes florestais, tais como as Reservas Legais, Unidades de Conservação (parques estaduais, municipais e federais), Áreas de Preservação Permanente (matas ciliares, encostas e topos de morros), Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) e Estações Ecológicas.