A Secretaria estadual da Saúde já deu início à organização das atividades do Dia ?D? de Combate à dengue, que acontecerá em todo país no dia 19 de novembro. Estão sendo realizadas reuniões com os Comitês Municipais de Mobilização contra Dengue para avaliar as estratégias utilizadas para o combate à doença no Estado e discutir as próximas ações a serem desenvolvidas, além de desenvolver a programação em cada município.
O diretor de Vigilância em Saúde e Pesquisa da Secretaria, Luiz Armando Erthal, destacou a necessidade da mobilização de todos para o sucesso da campanha. ?A integração entre Estado e municípios é fundamental para articular e promover os trabalhos de remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos?, afirma. ?A população é a peça principal neste controle da doença. Por isso, contamos com a colaboração de todos?, diz ainda.
A chegada do calor juntamente com as chuvas características desta época do ano são fatores que contribuem para a proliferação do mosquito da dengue. Por isso, a população deve ter cuidados redobrados. Entre as medidas preventivas, estão: não deixar água acumulada em recipientes como pratinhos de plantas ou de xaxins dentro ou fora de casa, cuidar de bebedouros de animais, trocando a água toda semana, limpar calhas e as lajes das casas, manter as caixas d?água, tonéis bem fechados, guardar pneus onde não possam acumular água e manter o lixo tampado e seco.
O responsável pela Vigilância Epidemiológica da dengue na Secretaria, Sílvio Brandt, lembra que os cuidados não devem se limitar a esta época do ano. ?A prevenção deve ser contínua para que não haja infestação do mosquito?, explicou.
A Doença
A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus (flavivírus) e transmitida ao homem pelo mosquito Aedes aegypti, que costuma picar as pessoas durante o dia. Nas casas, é encontrado normalmente em paredes, móveis, peças de roupas penduradas e mosquiteiros. Quando não encontra recipientes apropriados, a fêmea do mosquito pode voar até três quilômetros em busca de outros locais para depositar seus ovos.
Um ovo de Aedes aegyti pode sobreviver até 450 dias, mesmo que o local onde ele foi depositado fique seco. Se este local receber água novamente o ovo volta a ficar ativo, podendo se transformar em larva e depois em pupa, atingindo a fase adulta dentro de dois a três dias.
O primeiro sintoma da dengue é febre alta, sendo que a dengue clássica dura em média cinco a sete dias, causando dor de cabeça, no fundo dos olhos e nas juntas, fraqueza, náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele. A dengue hemorrágica possui, inicialmente, os mesmos sintomas da dengue clássica, podendo causar ainda: sangramento de gengivas e nariz, fezes escuras, pontos ou manchas vermelhas ou roxas na pele, dor abdominal intensa e contínua, vômitos freqüentes e tonteira, além de diminuição da urina e dificuldade para respirar.
Casos
A dengue é considerada uma doença cíclica. Neste ano, foram registrados, até o momento, 913 casos de dengue no Paraná, sendo que o último caso ocorreu em agosto. Houve circulação do vírus em 24 municípios do estado. Foz do Iguaçu foi o município com maior número de casos, 383, no mesmo período. Em seguida, ficou Sarandi com 123, Paranavaí com 118 e Maringá com 104. Nos últimos 15 anos, as regiões norte, oeste e noroeste registraram o maior número de casos.