Governo busca soluções para setor automotivo, afirma Furlan

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou hoje que o governo federal está buscando medidas capazes de ajudar o setor automotivo a enfrentar a perda de competitividade das exportações, uma estratégia que vem sendo adotada também para outros setores, como o de calçados. O ministro esclareceu, no entanto, que a idéia não é buscar soluções para atender a um caso específico, em referência às dificuldades anunciadas na última semana pela Volkswagen. "Nós estamos tentando buscar as soluções para o setor automotivo, não apenas para um caso específico", afirmou Furlan, que participou na manhã de hoje de um café da manhã organizado pela Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil.

O ministro Furlan, que se reúne logo mais com o presidente da Volkswagen no Brasil, Hans Christian Maergner, disse ainda que reconhece que a empresa está enfrentando dificuldades que não se referem exclusivamente ao Brasil. Ele ressaltou, no entanto, que a Volkswagen vem enfrentando problemas relacionados ao plano de exportar 180 mil veículos para a Europa, uma estratégia que não obtém, no momento, viabilidade econômica.

Furlan disse que ainda não há uma definição clara sobre as medidas que podem ser adotadas pelo governo para o setor automotivo, mas apontou, entre as possibilidades, a busca de caminhos para melhorar a competitividade das exportações, ou ainda iniciativas que permitam alargar a demanda no mercado interno,o que ajudaria a compensar a queda nas exportações e a reter empregos no setor. Uma das opções apontadas por ele é a fragmentação da tributação por toda a vida útil do produto, em vez de restringir este custo ao momento da venda. "Mas nisso ainda não há nada conclusivo", afirmou.

Durante o evento, Furlan negou-se a comentar a situação da relação entre Brasil e Bolívia após o presidente boliviano, Evo Morales, ter anunciado a nacionalização das reservas de hidrocarbonetos no país. "Eu não acompanho este assunto e ele esta sendo conduzido diretamente pelo presidente da República", afirmou o ministro.

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