Governo adota “dois pesos e duas medidas” sobre dívida, diz Garotinho

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro e ex-governador do Estado, Anthony Garotinho (PMDB), acusou há pouco o governo federal de adotar "dois pesos e duas medidas" em relação ao pagamento das dívidas do Estado do Rio e da cidade de São Paulo. Para Garotinho, o governo Lula maltrata o Rio de Janeiro e não gosta do Estado.

"Felizmente, para São Paulo, mas infelizmente para nós, o governo federal é profundamente apaixonado por São Paulo. Dou os parabéns ao povo paulista, que não tem, evidentemente, nada a ver com esta história (de preferência política), mas que saiu em vantagem", disse, ao chegar ao Hotel Jaraguá Inn, em São Paulo, para participar de encontro com lideranças do seu partido.

De acordo com ele, o governo federal deu "inequívocas provas" de favorecimento a São Paulo. Ao relatar que, no primeiro dia de mandato de sua esposa, a governadora Rosinha Matheus, as contas do Estado foram bloqueadas para efetuar o pagamento de um débito com a União deixado pela antecessora Benedita da Silva (PT), ele e sua esposa procuraram o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e o secretário nacional do Tesouro, Joaquim Levy, para solicitar o desbloqueio das contas e renegociar o pagamento."Diziam ser impossível qualquer mudança de prazo ou facilidade", afirmou.

Por outro lado, lembrou Garotinho, a gestão Marta Suplicy (PT) foi beneficiada pelo governo, sem ter suas contas bloqueadas, mesmo tendo pago parcelas incompletas e em atraso. "Foi uma forma de preservar o modo petista de desgovernar", criticou. Ao ser indagado, por que o governo também não havia favorecido Benedita da Silva, com esse mesmo precedente, o secretário respondeu que "seria mais interessante, naquele momento, prejudicar o Garotinho do que ajudar a Benedita".

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