Governistas reagem ao apoio do PPS a impeachment de Lula

Os governistas reagiram imediatamente ao anunciado apoio do PPS ao impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "É um direito da oposição pregar o impeachment do presidente Lula. Isso faz parte da luta política. Mas não tem racionalidade política nem apoio social", disse o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, hoje à tarde, logo depois de participar de uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e lideres partidários.

A reação de Tarso teve início antes mesmo que o PPS anunciasse oficialmente ser a favor do impedimento de Lula, a quem acusa de crime de responsabilidade, pois caberia a ele zelar para que seus auxiliares não se envolvessem em corrupção. Logo pela manhã em mais uma visita ao presidente do Senado, Tarso já dizia que a proposta de impeachment não tinha pé nem cabeça.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), que tem acusado a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de fazer o jogo da oposição, voltou hoje a criticar a entidade, que pretende decidir, no dia 8 de maio, se pedirá ou não o impeachment de Lula. "Tanto a OAB quanto a oposição sabem que não há fundamentos jurídicos e elementos objetivos para o impeachment", disse Berzoini.

Para ele, a oposição quer o afastamento de Lula porque tem medo de levar uma surra na eleição de outubro. "A oposição demonstra um medo muito grande das urnas. Chega a assinar artigos em que insinuam que uma parte da população brasileira não tem discernimento para votar. Querem uma volta ao passado, quando o voto não era universal", disse ele. "O que a oposição quer é baixaria na campanha".

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