Governadores cobram mudanças no texto da reforma tributária

Governadores que integram a Comissão de Negociações da Reforma Tributária rejeitam a atual proposta e afirmam que, como está, dificilmente será aprovada no plenário da Câmara. Segundo o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, existe hoje desconfiança de que a reforma pode originar aumento de carga tributária e que, para evitar isso, são necessárias amarras para garantir que não se aumentem os impostos.

Ele afirmou que, nos pedidos dos governadores, nada determina aumento de carga tributária e nem compromete a política macroeconômica do governo federal. Ele informou que a proposta do jeito que está apresenta problemas, mas “ela tem pontos importantes, embora haja detalhes que geram intranqüilidade”. Para ele, a votação da proposta só deve ocorrer quando o texto for burilado.

“Vamos negociar até o limite do possível e, não havendo avanços, acho muito difícil que a reforma tributária seja votada como está”, a afirmação foi feita pelo governador de Minas, Aécio Neves. Segundo ele, até o último instante os governadores buscarão entendimento. Aécio lembrou ainda que enquanto não houver entendimento “estarei me colocando contra a votação”. A governadora do Rio, Rosinha Matheus, afirmou que está preocupada com a questão dos royalties de petróleo e energia, que interessam ao estado do Rio de Janeiro.

Ela disse que pretende na reunião com parlamentares, que esta sendo realizada na Câmara, ouvir mais, até mesmo porque não está satisfeita com o texto aprovado na comissão especial. Segundo ela, na questão dos royalties de petróleo e energia, a transição da origem e do destino não estão contemplados.

A governadora lembrou ainda que embora “a reforma não é a dos nossos sonhos, mas que se faça a reforma possível, e que, para continuar como está no texto, não é preciso a reforma”. Os governadores estão reunidos neste momento com o presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), com o relator da reforma, deputado Virgílio Guimrães (PT-MG) e com a Comissão de Parlamentares que negocia a reforma tributária.

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