Governadora cumpre agenda política normal após chacina

Enquanto parentes, desesperados, enterravam os mortos da maior chacina da história do Estado do Rio, a governadora Rosinha Garotinho cumpria, hoje, agenda política em municípios do interior do Estado. De Campos, cidade do norte fluminense que é o berço político da governadora e de seu marido, o Secretário de Governo Anthony Garotinho, ela participou do programa matinal de rádio "Bom dia, governadora", com uma hora de duração.

Os comentários de Rosinha sobre o massacre de 30 pessoas na Baixada Fluminense, na periferia da região metropolitana, consumiram exatos cinco minutos. "Essas pessoas só podem ser chamadas de monstros", disse a governadora sobre os assassinos, sem fazer menção ao fato de que as suspeitas pesam principalmente sobre integrantes da própria corporação policial do Estado.

No meio do programa, o secretário Garotinho, um dos convidados de Rosinha, ao lado de prefeitos e secretários do PMDB, seu partido, voltou ao tema da chacina por mais dois minutos. Nenhum detalhe sobre a investigação foi citado e o restante do programa foi dedicado "à semana de muitas realizações" do governo do Estado, com destaque para a distribuição de ambulâncias para prefeituras do interior. De Campos, a governadora seguiu para o município de Bom Jesus do Itabapoana, no noroeste fluminense para participar da inauguração de obras ao lado do prefeito local.

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