Gol reduz projeção de 2006; crise aérea é um dos motivos

A companhia aérea Gol divulgou hoje uma revisão nas suas projeções para 2006, citando entre os motivos "taxas de ocupação reduzidas devido à redução de volumes de passageiros causado por fatores externos, incluindo trafego aéreo". No aviso ao mercado, a empresa afirma esperar que tais fatores, ligados à crise vivida hoje no setor, sejam resolvidos no curto prazo.

Conforme o comunicado, o intervalo de lucro por ação esperado para este ano caiu de R$ 3,75 a R$ 4 para R$ 3,40 a R$ 3,65. A receita líquida projetada recuou de R$ 4 bilhões para R$ 3,9 bilhões (-2,5%), a taxa de ocupação passou de aproximadamente 74% para 73% e a margem operacional baixou de cerca de 23% para 21%. Em relação à capacidade do sistema (ASK), a previsão de crescimento foi revisada para cima, de 45% para 50%.

A Gol disse ainda que as alterações contemplam a maior produtividade, além de "yields menores relacionados a menores taxas de ocupação, um aumento na etapa média e o lançamento de aproximadamente 120 novas freqüências de vôo e três novos destinos durante o trimestre". A companhia opera atualmente uma frota de 62 aeronaves Boeing 737.

A empresa informou também que o número de passageiros transportados (RPK) alcançou a marca de 1.263 em novembro, volume 43% maior no comparativo com igual período de 2005, segundo números preliminares. A capacidade do sistema (ASK) evoluiu 55% no intervalo e a taxa de ocupação foi de 66,5% no mês passado, contra 72,3% em igual intervalo de 2005, uma queda de 5,8 pontos porcentuais. "A tarifa média foi reduzida em aproximadamente 7% em comparação a novembro de 2005", diz o comunicado da Gol.

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