Gol aguarda licença para operar vôos cancelados pela Varig

São Paulo – O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, afirmou hoje (25), em teleconferência, que solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) licença para ampliar o número de vôos nas ocasiões em que ocorre desistência da Varig. "Pedimos licença para mais vôos e aguardamos retorno da Anac", disse. Segundo ele, a Gol não está incorporando slots (licença para horários de vôos nos aeroportos) adicionais às projeções por causa dos problemas da Varig.

Questionado por analistas sobre a questão do investimento estrangeiro na Varig, Constantino declarou que a Gol tem se pronunciado por meio do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). O sindicato é contrário à participação de estrangeiros que excedam os 20% permitidos pela lei nas empresas aéreas. "O investimento estrangeiro é uma discussão pública. A empresa tem se pronunciado pelo Snea", disse o empresário.

Congonhas 

Constantino afirmou que o fechamento da pista principal do Aeroporto de Congonhas (SP) em julho, por aproximadamente dois meses, não afetará a rentabilidade nem elevará os custos da companhia. Na sua visão, a demanda não será prejudicada porque os passageiros devem simplesmente se deslocar de Congonhas para Guarulhos ou Campinas.

O vice-presidente financeiro da Gol, Richard Lark, disse que a empresa terminará 2006 com 58 aviões e pretende chegar a 2011 com 90. De acordo com ele, a renovação da frota (devolução de aviões mais antigos e compra de outros) ao longo dos próximos quatro anos permitirá uma queda de custos por assento por quilômetro por aeronave em torno de 4% em relação ao atual. Segundo Lark, há recursos de US$ 188 milhões depositados por empresas de leasing para a manutenção dos aviões. O hangar próprio da Gol ficará pronto em julho, em Belo Horizonte, e deverá, disse Lark, contribuir para diminuir os gastos de manutenção.

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