Geraldo Alckmin diz que liberação de R$ 1,5 bilhão foi eleitoreira

A liberação de R$ 1,5 bilhão do Orçamento foi criticada nesta quinta-feira (5) pelo candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin. Num recado aos governadores e prefeitos, bradou: "Peguem o dinheiro e votem conosco". Ele fez a sugestão duas vezes para políticos do PSDB e do PFL que fizeram reuniões separadas com o candidato. "Não vamos trabalhar em virtude de eleição que ocorre a cada quatro anos. Vamos trabalhar no dia primeiro de janeiro para o Brasil crescer e recuperar a capacidade de investimentos do governo federal", prometeu, ao destacar a motivação eleitoral da medida do governo.

Alckmin lembrou que, na semana passada, o governo federal cortou praticamente o mesmo valor do Orçamento. "O presidente achou que ia ganhar no primeiro turno. Como não deu, agora liberou R$ 1,5 bilhão em razão do processo eleitoral", completou, recebendo aplausos dos aliados do PSDB e PFL. Na rápida visita que fez a Salvador, apesar da derrota do PFL para o PT na eleição do governo da Bahia, Geraldo Alckmin exibiu confiança no seu crescimento no Estado. Os pefelistas, capitaneados pelo senador Antonio Carlos Magalhães, foram contundentes.

"Alckmin nos deu grande exemplo no primeiro turno e temos que segui-lo", disse o governador Paulo Souto, que foi derrotado pelo petista Jaques Wagner, ao reclamar do "isolamento" imposto pelo governo federal à Bahia.

O prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, pediu mais empenho do governador de Minas, Aécio Neves. "Se ele abraçar a candidatura, Alckmin ganha", afirmou, reforçando a tese de que se crescer em Minas, Rio e São Paulo, o tucano pode ganhar de Lula. "A vitória de Alckmin será um bálsamo em relação ao primeiro turno", interveio ACM que ainda não digeriu a derrota para o PT. Ele pretende transformar o eventual sucesso de Alckmin em uma vitória pessoal na Bahia. O senador conclamou os prefeitos e parlamentares a trabalharem. "Se não fosse a roubalheira do governo não teríamos o segundo turno", bradou.

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