Geraldo Alckmin afirma que Lula é ‘submisso’ a presidente boliviano

O candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou em entrevista ao Jornal da Record que o presidente da Bolívia, Evo Morales, é quem manda no presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva. "Esse (Morales) manda no Lula, o Lula é submisso a ele", disse, complementando que o presidente petista mantém posição "dúbia, submissa e vergonhosa" diante do boliviano. Para o tucano, o governo está esperando apenas acabar a eleição para aumentar o preço do gás. "Como estão esperando passar as eleições para poder dizer de quem é o dinheiro (do dossiê Vedoin)", alfinetou.

A primeira pergunta dos entrevistadores foi sobre a polêmica que envolveu a mulher de Alckmin, dona Lu Alckmin, e os vestidos que ela ganhou de um estilista de São Paulo. O tucano argumentou que os vestidos foram doados a instituições de caridade antes de o assunto ser destaque na imprensa e que o fato não implicou em prejuízo para os cofres públicos. E aproveitou para atacar o governo Lula: "Querem (os petistas) misturar crime pra dizer que é todo mundo igual, temos que apurar corrupção do governo Lula." Ele voltou a falar do dossiê Vedoin, cobrando explicações sobre a origem do dinheiro e os envolvido nesta operação.

O candidato da coligação PSDB-PFL defendeu ainda o governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, ao negar irregularidades nas privatizações ocorridas no setor de telecomunicações. "É uma tentativa de dizer que são todos iguais", argumentou, alertando que o governo Lula é rápido para quebrar sigilos de pessoas humildes como o caseiro Francenildo (dos Santos Costa, pivô da queda do ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci), mas não tem a mesma eficácia para quebrar os sigilos fiscal, telefônico e bancário dos envolvidos na tentativa de compra do dossiê Vedoin.

Alckmin voltou a colocar sob suspeição os números divulgados nesta terça-feira (26) pela pesquisa CNT/Sensus, que apontam a vitória de Lula no primeiro turno com uma vantagem de 9 pontos porcentuais sobre a soma de seus adversários. "Vamos conferir (os números dessa pesquisa) no domingo (dia do pleito)." Ele disse que considera "uma irresponsabilidade divulgar essas coisas". Na entrevista, o tucano também afirmou que vai "despetizar" a máquina pública se for eleito, porque acredita que "o aparelhamento do estado leva à corrupção".

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