Genoino diz que PT não exige mais influência econômica

O presidente nacional do PT, José Genoino, negou hoje que o partido reivindique mais influência na política econômica do País. Em entrevista à página da legenda na internet, Genoino afirmou que não há insatisfação sobre a participação da sigla no governo e que não há intenção de se fazer uma "batalha política" a respeito da queda na taxa básica de juros, atualmente, em 17,25% ao ano.

Ontem, após reunião de dois dias, o diretório nacional da agremiação decidiu, por consenso, convidar o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para debater com integrantes do PT a política econômica da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na resolução aprovada ontem, o partido informou ainda que continuará a luta pela redução das taxas básica e de Juros de Longo Prazo (TJLP), além do reajuste na tabela do Imposto de Renda (IR), entre outros.

"O PT não reivindica mais influência na política econômica. O que definimos foram prioridades como desenvolvimento com emprego e renda, modernização da infra-estrutura, queda na taxa de juros e continuidade dos programas sociais. O PT não está insatisfeito com sua participação no governo", afirmou, destacando que a legenda não causará constrangimentos a Lula.

"A resolução aprovada ontem pelo diretório nacional defende a queda consistente e responsável da taxa de juros e isso é porque as taxas estão altas. Mas não vamos fazer uma batalha política por causa disso", ressaltou.

Ele disse ainda que o desbloqueio da agenda legislativa é o primeiro nó a ser desatado para que a administração federal avance na política de crescimento econômico. Genoino mencionou a importância da aprovação de projetos, como o da Parceria Público-Privada (PPP) e a Lei de Falências, e destacou que outros passos para que o processo tenha sucesso é a agilidade nas ações de gerenciamento da política industrial e a melhoria na relação da política externa com o desenvolvimento, que segundo ele, teria mostrado avanços.

"Existem alguns nós a serem desatados. O primeiro deles é a agenda legislativa para que sejam aprovados projetos como o da PPP, da biodiversidade, da renovação tecnológica e a Lei de Falências. O segundo ponto é a agilidade das ações intergovernamentais para o gerenciamento da política industrial e maior controle das cadeias produtivas", afirmou, destacando também a importância do progresso regional "para integrar as regiões ao processo de desenvolvimento que o País está vivendo".

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