Ganhos no campo

Estão confirmadas as previsões anteriormente consideradas pelo mercado quanto ao excelente desempenho da exportação brasileira de produtos agrícolas, no período compreendido pelos últimos doze meses, até fevereiro. O volume atingiu US$ 60,2 bilhões e colocou o País entre os principais fornecedores de commodities agropecuárias do mercado internacional.

O auspicioso resultado, que é um recorde na fase recente das exportações nacionais do gênero, segundo o enfoque de especialistas do mercado agropecuário, está respaldado na contínua valorização das cotações internacionais dos principais itens da pauta de exportação do agronegócio.

A tendência dos últimos doze meses se manteve inalterada em janeiro e fevereiro, com a acumulação de receita pelo agronegócio da ordem de US$ 9,1 bilhões, ampliando para os ruralistas a perspectiva do crescimento da demanda de produtos agropecuários no restante do ano. O agronegócio brasileiro reúne todas as condições para dar respostas positivas ao mercado mundial e, além disso, de seguir cumprindo por muito tempo a função de carrear divisas para o País.

No período citado, a diferença entre as exportações e importações de produtos agropecuários foi de US$ 50,6 bilhões, apesar da valorização do real em relação à moeda norte-americana. Os volumes mais expressivos de embarques para o exterior foram verificados no complexo soja e no setor de carnes. Para a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), em 2008, a oleaginosa continuará à frente da balança comercial agrícola.

A instituição trouxe à baila uma consideração ainda mais promissora: a elevação dos preços da soja e derivados abre a possibilidade do País obter um acréscimo de US$ 17,8 bilhões em 2008 (58% a mais que no ano anterior). Se a projeção se confirmar, mais uma vez a soja tomará o lugar da carne na liderança das exportações agropecuárias, apesar da carne ter rendido US$ 1 bilhão, somente em fevereiro, mesmo com a exportação cerceada pelas restrições impostas pelos países da União Européia. Demanda aquecida e cotações em alta é tudo o que o produtor rural sempre pediu aos céus.

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