Gabrielli questiona nomeações e discutirá caso na Bolívia

Brasília – O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, questionou hoje (9), em rápida teleconferência com jornalistas, as nomeações de quatro diretores feitas pelo governo boliviano para a unidade da estatal brasileira naquele país.

"As indicações foram iniciativa do governo boliviano. Nós pretendemos colocar este ponto em discussão amanhã (10)", disse Gabrielli. "Para transformá-los em diretores da Petrobras da Bolívia, há uma série de procedimentos que anteriormente precisam ser resolvidos", completou o executivo, sem entrar em detalhes.

De acordo com informações da Agência Boliviana de Informação (ABI), os indicados para a Petrobras naquele país foram: Felipe Hurtado para o cargo de síndico responsável pela companhia e como diretores Víctor Hugo Cuellar, Waldo Oblitas, Santiago Sologuren e Sergio Jesús Miranda.

Gabrielli acompanha o ministro brasileiro de Minas e Energia, Silas Rondeau, em viagem à Venezuela e seguirá amanhã (10) para La Paz, na Bolívia, para uma reunião com o ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Andre Soliz Rada, sobre a exploração de gás natural.

O principal assunto do encontro será o aumento do preço do gás natural. Questionado sobre a possibilidade de o governo boliviano aceitar uma elevação menor do que os US$ 2,00 sinalizados inicialmente, Gabrielli limitou-se a dizer que esta negociação será feita amanhã.

A entrevista contou também com a participação do ministro Rondeau. Ele disse que, em agosto, serão apresentadas aos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Venezuela, Hugo Chávez; da Argentina, Néstor Kirchner; e da Bolívia, Evo Morales, um relatório de sete grupos que estão encarregados de fazer uma avaliação preliminar sobre um gasoduto que irá da Venezuela até a Argentina. Este assunto foi tratado em reunião hoje (9), com representantes do governo venezuelano.

Segundo Rondeau, o encontro serviu para atualizar o cronograma desses estudos e também para acompanhar dez acordos assinados entre os governos do Brasil e da Venezuela – sobre exploração de petróleo, produção de gás natural, produção de etanol e refino, além de colaboração tecnocientífica entre laboratórios e a Petrobras. "A reunião foi muito boa e transcorreu em um clima amistoso", comentou o ministro.

Voltar ao topo