Furlan afirma que não há inflação de demanda no Brasil

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, comemorou hoje (1) o fato de as importações terem permanecido estáveis em julho mesmo diante da valorização do real frente ao dólar.

Ao comentar os dados da balança comercial divulgados hoje (1), o ministro apontou que os níveis baixos enfrentados pela moeda norte-americana não têm sido capazes de provocar um aumento da procura de produtos estrangeiros, comprovando que não há uma inflação de demanda no País.

"É surpreendente que as importações não tenham tido o crescimento esperado, apesar da taxa de câmbio", afirmou Furlan, após ter participado da cerimônia de abertura da 24ª edição da Feira Internacional de Vendas e Exportações de Móveis (Fenavem). "Isso mostra que não existe uma inflação de demanda no Brasil. Se houvesse, as importações estariam crescendo."

Os dados divulgados hoje (1) mostram um novo recorde histórico das exportações, que alcançaram US$ 11,01 bilhões em julho, ante cerca de US$ 10 bi contabilizados em junho. Ao mesmo tempo, o saldo comercial ficou em US$ 5,011 bilhões, acompanhado de importações da ordem de US$ 6,050 bilhões.

"Isso quer dizer que este US$ 1 bi a mais em exportações se transformou em saldo" comentou Furlan. Questionado sobre se esse cenário torna desnecessários os juros altos para o setor produtivo, Furlan disse apenas que "esta é uma variável importante nesta equação", insistindo que os números mostram a ausência de uma inflação de demanda.

Além de comemorar o saldo comercial, Furlan afirmou que o resultado divulgado hoje (1) também mostra a recuperação de alguns setores que enfrentaram retração ou equilíbrio das vendas externas no primeiro semestre deste ano, criando um "efeito de compensação". Além disso, ele citou a força das exportações de petróleo na última semana de julho.

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