Fundos de pensão negam má gestão da Brasil Ferrovias

Um comunicado distribuído à imprensa assinado em conjunto hoje (15), os fundos de pensão Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) e Funcef (Fundação dos Economiários Federais) contestam que tenha ocorrido má gestão Brasil Ferrovias. Também negam que a empresa não tenha condições de arcar com a dívida que levou a justiça paulista a decretar ontem a sua falência.

A Brasil Ferrovias foi criada em 2002, integrando as operações das ferrovias Ferronorte (Ferrovias Norte Brasil) e o Sistema Bitola Larga da Ferroban (Ferrovias Bandeirantes). Ontem, o Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou a decretação de falência da empresa, determinada pela 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo. O requerimento de falência foi solicitado pela empresa Eskala Participações e Negócios SS Ltda. em razão de uma dívida que não teria sido quitada pela Brasil Ferrovias, no valor de R$ 5,6 milhões. A decretação judicial de falência permite à empresa reclamante solicitar a penhora e liquidação de bens para resgate das dívidas que tem a recer.

No comunicado conjunto, Previ e Funcef afirmam que "a Brasil Ferrovias não reconhece o débito de R$ 5,6 milhões", que "a empresa tem condições de efetuar o pagamento integral do crédito, caso este fosse devido" e informam que "em 20 de janeiro a Justiça concedeu tutela antecipada em favor da Brasil Ferrovias, decisão que ainda está em vigor".

Finalmente, a nota assinada pelos presidentes da Previ, Sérgio Ricardo Silva Rosa, e da Funcef, Guilherme Narciso de Lacerda, afirma que a atual gestão da Brasil Ferrovias, que inclui o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), equalizou e deu início à uma "retomada de crescimento", deixando-a "em condições "que já despertam interesses de investidores" e lamentam que a decretação de falência tenha ocorrido "às vésperas do recebimento de propostas para a compra da empresa".

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