A presidente da Fundepar, Sandra Turra, apresentou à comunidade do Bairro Alto o projeto de construção de uma nova escola na região para 2005, com um investimento de R$ 2,79 milhões. O projeto refere-se a construção da sede da escola estadual Pilar Maturana, que desde 1993 funciona no mesmo prédio do Colégio Cônego Camargo.
A estrutura do colégio Cônego Camargo, mantido pela Congregação Sagrado Coração de Jesus, foi cedida durante o horário matutino como sede para a Escola Estadual Pilar Maturana, que oferece o ensino de 5º a 8º série para os alunos da região, desde 1998. Segundo a diretora da escola, Gisele Dangelis Bogoni, a comunidade se mobiliza há quase dez anos pela construção de uma sede própria, pois se viu obrigada a mandar os alunos para outras escolas distantes da região, o que gerou conflitos entre grupos de regiões distintas, comprometendo a segurança dos estudantes e gerando despesas com transporte.
“Com a demanda cada vez maior de alunos, nossa escola não consegue comportar toda a clientela. Os governos anteriores, aos quais solicitamos apoio, não levaram em consideração que o bairro estava crescendo e precisávamos de uma sede própria”, contou Gisele. A comunidade decidiu se organizar em reuniões com a promotoria pública do Bairro Alto e um grupo de pessoas passou a reivindicar pelo espaço da escola.
O secretário de Educação, Mauricio Requião, que esteve presente à apresentação do projeto de construção da escola, elogiou a iniciativa de mobilização da comunidade do Bairro Alto. “O governo está comprometido com esta iniciativa e não tenho dúvida de que esta obra é resultado, acima de tudo, da mobilização da comunidade. Por isso, não podemos perder a nossa fé nas organizações e na força da nossa gente em busca dos seus objetivos”, afirmou.
A estrutura, que será construída pela Fundepar, terá dois pavimentos quadras cobertas, salas ao ar livre, auditório, bicicletaria, biblioteca, laboratório de informática e de ciências, elevadores e rampas de acesso para alunos portadores de deficiência física, além da instalação de um buffet no refeitório.
O terreno destinado à obra, que era de propriedade conjunta do Governo do Estado e da Copel, era constituído por uma área de preservação ambiental e dependeu de um decreto de utilidade pública para liberação da construção da escola. “Por isso nos comprometemos em preservar ao máximo a área que será construída a escola, tomando todos os cuidados na idealização do projeto para sua construção e solicitando à escola que se realize intensamente atividades de educação ambiental com os alunos, pois foi uma dos critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná para a liberação do terreno”, disse a presidente do Fundepar.
A obra será realizada com tecnologia em pré-moldado de concreto industrializado, diminuindo o valor total da obra e do prazo de entrega para sete meses. A previsão é que a escola esteja pronta até julho de 2005, com investimentos da ordem de 2 milhões e 790 mil reais, com custo de R$400, 00 para cada metro quadrado de área construída.