Robert Gates assumiu hoje o comando do Departamento de Defesa e adiantou que sua prioridade será o Iraque e que um fracasso no país árabe seria uma "calamidade" que perseguiria os Estados Unidos por muitos anos. "Todos nós queremos encontrar uma forma de trazer os filhos e filhas dos Estados Unidos de volta para casa", disse Gates depois de prestar juramento como secretário de Defesa diante do vice-presidente Dick Cheney no Pentágono. "Mas como o presidente (George W. Bush) deixou claro, simplesmente não podemos falhar no Oriente Médio. Um fracasso no Iraque nesta conjuntura seria uma calamidade que assombraria nossa nação, comprometeria nossa credibilidade, e poria os Estados Unidos em risco por décadas".
Gates disse que viajará em breve para o Iraque a fim de ouvir diretamente as posições dos comandantes dos EUA sobre como melhorar a situação no país. Presente à cerimônia, o presidente Bush chamou Gates, um ex-diretor da CIA de 63 anos, de "o homem certo" para os múltiplos desafios que os EUA enfrentarão no Iraque e na guerra global contra o terrorismo.
"Somos uma nação em guerra", frisou Bush. "E eu me apoio no nosso secretário de Defesa para me oferecer o melhor aconselhamento possível e para ajudar nossas forças armadas em sua luta contra os inimigos da liberdade em todo o mundo. Bob Gates é o homem certo para assumir esses desafios. Ele será um líder destacado para nossos soldados". Gates assumiu o cargo mais cedo numa cerimônia privada na Casa Branca, substituindo a Donald Rumsfeld.