Fracasso da Argentina queima Maradona e Messi de uma só vez

Javier Soriano/AFP

Já faz 24 anos que a Albiceleste não ganha uma Copa do Mundo, desde o México de 1986, e 20 que chegou a uma última final pela última vez, na Itália, em 1990, que perdeu para a Alemanha por 1-0.

A última vez que levou a melhor na Copa América foi no Equador em 1993, ou seja, há quase 20 anos; de fato até obteve certas conquistas em torneios internacionais, mas a seleção profissional não para de acumular vergonhas.

Desde 1979, a Argentina conquistou seis campeonatos mundiais Sub-20 e duas medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, na Grécia-2004 e Pequim-2008, fora algumas conquistas em nível de clubes nas Copas Libertadores, Sul-americana e Intercontinental.

A última seleção que realmente era competitiva foi à da Copa de 1994, nos Estados Unidos, aquela que saiu pelas portas do fundo por causa do escândalo do doping de Maradona.

Depois, nunca passou das quartas de final e na edição que Japão e Coreia do Sul dividiram em 2002 voltou para casa já na primeira fase.

Com a derrota de Maradona como técnico e a ineficácia de Messi, no melhor momento da carreira, no que diz respeito a fazer gols, a Argentina queimou dois cartuchos ao mesmo tempo e frustrou com uma seleção literalmente selecionada, com jogadores consagrados na Europa que ganham um campeonato atrás de outro pelos clubes endinheirados.

A Argentina, enfim, é o que se viu na Cidade do Cabo. Uma antiga potência do futebol mundial que já cruzou o Cabo da Boa Esperança e em nada lembra a campeã em casa em 1978 e no México em 1986.