Fora dos trilhos

Dia desses o governo federal anunciou a extinção da histórica Rede Ferroviária Federal, na verdade, uma estatal erigida sobre as ruínas estruturais de algumas corporações ferroviárias bastante próximas da falência, salvas do fracasso rotundo pela proverbial visão benemérita da gestão pública.

É escusado, nesse momento, trazer à baila as péssimas administrações que passaram pela RFFSA desde sua implantação, com a necessária ressalva das poucas ilhas de excelência que a empresa teve.

Exemplo de administração séria e produtiva sempre foi dado pela regional paranaense da Rede, cuja excelente condição econômico-financeira tornou-a permanente fonte de socorro às coirmãs de desempenho sofrível.

Volta o governo a marcar presença no setor ferroviário, desta vez para declarar que o BNDES poderá depositar na conta da Brasil Ferrovias a reconfortante quantia de R$ 1,2 bilhão. Caso a transferência se realize, o banco passa a ser dono de 50% do controle acionário da companhia. Ou seja, a mesma volta a ser estatizada.

A Brasil Ferrovias reuniu a Novoeste, Ferronorte e Ferroban, passando a ostentar a flama de emblema da privatização. O fracasso foi tão retumbante que não houve remédio senão virar os trilhos na direção de Brasília. E o cipó começa a voltar.

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