Brasília – A Polícia Civil de Brasília tem em seu poder uma fita de vídeo que mostra que 12 líderes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) poderiam ter planejando a ação de ontem (6) do grupo no Congresso Nacional. Segundo o titular da 2ª Delegacia Policial, Antônio Coelho, o material foi apreendido durante a prisão em flagrante dos integrantes do MLST.
O delegado tomou o depoimento de 12 supostos líderes da manifestação, inclusive Bruno Maranhão, e concluiu que a estratégia de invasão ao Congresso Nacional já estava traçada há dois meses, período em que alguns manifestantes teriam se hospedado na cidade. Ele afirmou que os sem-terra, que vieram de Pernambuco, Goiás, Minas, Bahia, Rio Grande do Norte e outros estados, não chegaram a Brasília em comboio.
Segundo informou Antônio Coelho, um grupo que chegava à cidade de ônibus, ontem pela manhã, ao ser interceptado pela Polícia Militar, teria despistado os policiais informando que estava na cidade para visitar uma exposição de produtos do Rio Grande do Sul, que se realiza em Brasília.
O local da feira (o Parque da Cidade) serviria de concentração para os manifestantes, porque fica próximo ao Congresso Nacional. O delegado concluiu também que não havia outros alvos dos manifestantes em sua passagem pela cidade, nem a intenção de ocupar prédios públicos na capital federal.
O delegado disse que três integrantes do MLST vão ser indiciados por tentativa de homicídio: Arildo Joel da Silva, Davi Pereira da Silva e Bruno Maranhão, coordenador nacional do movimento. Eles teriam agredido o agente de segurança da Câmara dos Deputados, Normando Fernandes, que continua hospitalizado em Brasília com afundamento do crânio.