Fiocruz compra laboratório e aumenta produção de remédios

A Fundação Oswaldo Cruz vai aumentar de 1,7 bilhões para 10 bilhões o número de remédios produzidos em seus laboratórios do Rio de Janeiro, distribuídos de graça para a população.

O aumento da capacidade de produção será possível depois da compra por US$ 6 milhões de um laboratório da fábrica da Glaxo do Brasil. A diretora-executiva do Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fiocruz, Núbia Boechat, explica que a compra da nova fábrica garantirá a redução dos gastos do governo federal com a compra de medicamentos. "A economia será de R$ 10 milhões com o novo laboratório. Em 2003, a produção de remédios do laboratório da Fiocruz de Farmanguinhos gerou uma economia para o Governo Federal de R$ 200 milhões, informa a diretora.

De acordo com Núbia Boechat, pela primeira vez os laboratórios vão produzir antibióticos. "Como o laboratório adquirido tem alto rigor tecnológico, nossas linhas de produção serão ampliadas. Hoje nós trabalhamos basicamente na área de sólido e semi-sólidos, comprimidos, cremes e pomadas. Nós vamos ter linha de produção de aerosol, medicamentos para asma, e antibióticos", explica a diretora.

Ela também destaca a alta qualidade dos remédios produzidos pela Fiocruz. "O Brasil tem um trabalho pioneiro e muito importante. Nós somos o único país do mundo que possui uma rede de 18 laboratórios oficiais, sendo cinco de porte médio, todos muito bem estruturados. Os medicamentos são utilizados no Sistema Único de Saúde e nos programas do governo para a população carente. Além disso, os laboratórios oficiais são produtores exclusivos de remédios para tuberculose, doença de chagas, leishmaniose, hanseníase, e outras. Essas doenças não têm atrativo para as grandes indústrias de medicamentos porque o lucro é baixo", destaca.

Para Núbia Boechat, a compra do laboratório da Glaxo vai beneficiar diretamente a população brasileira. "Nós temos equipamentos de última geração e pessoal treinado que atuam desde o desenvolvimento do medicamento até o controle de qualidade. O nosso lema é fazer medicamento de alta qualidade para a população carente", conclui a diretora da Fiocruz.

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