Fiep pede que Senado mantenha Estado na administração dos portos

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, encaminhou ao Senado Federal um documento pedindo que os Portos de Paranaguá e Antonina sejam mantidos sob a administração do Estado. Em carta enviada aos senadores, Rocha Loures aponta que a atual administração promoveu melhorias na estrutura portuária paranaense. No entanto, acrescenta que é preciso avançar ainda mais para aprimorar a competitividade dos dois terminais.

O texto da federação sustenta que a manutenção dos portos sob controle estadual torna a administração mais ágil e eficiente. Além disto, no entender dos dirigentes da Fiep, qualquer mudança realizada agora poderia prejudicar as exportações paranaenses. O documento lembra que a própria Lei dos Portos, de 1993, abre espaço para a gestão estadual, que representou em ?inequívoco avanço ao processo administrativo dos portos paranaenses?.

Entre os avanços conquistados pela atual administração portuária, a Fiep aponta, por exemplo, a pavimentação de 25 quilômetros de ruas, a redução da dívida trabalhista (de R$ 230 milhões para R$ 85 milhões) e o reajuste salarial aos servidores dos terminais.

Uma das sugestões para melhorar a estrutura portuária é a alteração de projeto de Decreto Legislativo 1.153/04, da Câmara dos Deputados, sobre o funcionamento dos portos paranaenses. Desta forma, a atual gestão teria mais seis meses para promover melhorias. Entre as modificações necessárias, estão a abertura e adequação do porto de Paranaguá para o escoamento da soja transgênica, dragagem e desassoreamento dos berços e da bacia de navegação e adequação dos portos às normas do ISPS Code.

Para a presidência da Fiep, qualquer discussão sobre o destino da administração portuária deve ?render-se ao interesse econômico do Paraná? e evitar motivações políticas. A carta destaca que ?a posição da Fiep nesse episódio é de colocar-se ao lado dos legítimos interesses da classe industrial a favor da economia do Paraná?.

?Há igualmente espaço suficiente para o convívio e os investimentos do setor público federal e da iniciativa privada, criando então oportunidades de negócios e progresso, voltados sempre ao desenvolvimento econômico do Paraná e da nossa nação?, conclui Rodrigo da Rocha Loures.

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