Fidel Castro inclui Argentina e Brasil entre favoritos da Copa

Pascal George/AFP

O líder cubano Fidel Castro acredita que a Argentina, além de Brasil, Alemanha, Inglaterra e Espanha são os países com mais chances de vencer a Copa do Mundo da África do Sul que, a seu ver, serve como cortina de fumaça para graves conflitos, segundo um artigo publicado nesta quinta-feira.

“Aplicando meus pouco confiáveis pontos de vista, me atrevo a considerar que entre Argentina, Brasil, Alemanha, Inglaterra e Espanha está o campeão da Copa”, escreveu Fidel.

Opinou que “já não há time proeminente que não tenha mostrado suas garras de leão” e comentou que graças a pessoas como Maradona e o atacante Lionel Messi agora pode ver no futebol “mais que pessoas correndo no extenso campo de um gol ao outro”.

O ex-governante, que elogiou há pouco tempo a velocidade de Messi, também referiu-se à polêmica sobre a bola oficial da Copa, a Jabulani.

“Os próprios jogadores, começando pelos goleiros, queixam-se destas novas características, mas inclusive atacantes e zagueiros também reclamam, e bastante, já que a bola é mais rápida e por toda sua vida eles aprenderam a jogar com outra”, disse.

Segundo Castro, os dirigentes da Fifa, que decidem sobre o assunto em cada Copa, desta vez transfiguraram esse esporte, e são os fãs “os que o aproveitam muitíssimo”.

“Até Maradona, que foi o melhor jogador de sua história, vai se resignar tranquilamente a que outros atletas marquem mais gols, a uma maior distância, mais espetaculares e com mais pontaria que ele, no mesmo gol, e do mesmo tamanho, que aquele onde sua fama alcançou um lugar tão alto”, afirmou.

Castro fez seu comentário em um texto no qual adverte que “entre jogo e jogo” ninguém se ocupa das “diabólicas notícias”, como o fato de as Coreias do Norte e do Sul estarem com “o dedo no gatilho”, instigadas pelos Estados Unidos.

“Apenas temos tempo de respirar durante as seis horas nas quais são transmitidos (os jogos) ao vivo pela televisão”, disse o líder comunista de 83 anos, que há quatro parou de governar o país por problemas de saúde.