Festival de Bonecos mostra riquezas do Paraná

Doze grupos paranaenses se apresentarão no Festival Espetacular de Teatro de Bonecos. O grupo guarapuavano Arte & Manha traz à capital um espetáculo baseado nas cavalhadas medievais, herança trazida pelos colonizadores portugueses a cidades como Guarapuava.

Entre os espetáculos curitibanos, um dos destaques é a remontagem do texto de Manoel Kobachuk, Margarida Curiosa Visita a Floresta Negra. A obra, encenada há trinta anos, pretende passar uma mensagem de superação do medo para o público infantil.

Outras apresentações também aparecem com esse cunho educacional. Dom Quixote, do grupo Merengue, tem como objetivo incentivar a curiosidade das crianças pelo texto clássico de Miguel de Cervantes. O espetáculo apresenta apenas alguns episódios do Cavaleiro da Triste Figura, mostrando a diferença entre a realidade e a imaginação do personagem através de bonecos duplos, que contêm duas faces e dois figurinos distintos.

Já o grupo Filhos da Lua traz a preocupação ambiental. Eles utilizam materiais alternativos como o purungo, para a produção dos bonecos, e trabalham a cultura indígena. O espetáculo Urucum e o Fogo inclui músicas gravadas por uma tribo Kaiguangue.

Alguns grupos ainda se destacam pela técnica utilizada. O Grupo Trava- Língua, em Ari Areia, um Grãozinho Apaixonado, usa luvas cirúrgicas para produzir seus bonecos, além de utilizar colagem de imagens e atores que interagem com os bonecos. O Rei que Ficou Cego, da Cia. Karagoz, trabalha com sombras, mantendo a atenção do público presa através de efeitos sonoplásticos e da trilha sonora, composta especialmente para esse espetáculo.

O Grupo Simples Suspiro usa técnicas tradicionais como bonecos de luva e vara, mas prefere uma apresentação com maior interação com o público, em Marcas. Já Jorge Miyashiro afirma que seu espetáculo Brisalenta impressiona por ser uma apresentação solo, em que ele representa sozinho os seis bonecos e diferencia as vozes de cada um.

Para Alynne Rocha, manipuladora de Brincando de Histórias, o mais importante da sua apresentação é o texto de Marilda Kobachuk, que trabalha com elementos como a tristeza e a alegria, assim como a falta de inspiração.

Outros três grupos se apresentarão durante o festival. São o Grupo Calçada di Verso, com Hoje é Domingo, Pé de Cachimbo, a Cia. Ti Biri Bão, com A Cigarra e a Formiga e o Grupo Mundaréu, que encerra o Festival com o Forféu do Mundaréu.

Serviço
Cavalhada
Praça Santos Andrade em frete à UFPR, dia 15 às 11h e às 14h
Margarida Curiosa Visita Floresta Negra
Teatro José Maria Santos, dias 10 e 12 às 15h
Hoje é Domingo Pé de Cachimbo
Praça Santos Andrade, em frente à UFPR, dia 14 às 11h e às 14h
Brincando de Histórias
Teatro Dr. Botica, dias 16 e 17 às 15h
Marcas
Miniauditório, dia 15 às 15h e dia 16 às 17h
Brisalenta
Miniauditório, dia 13 às 15h e dia 14 às 17h
O Rei Que Ficou Cego
Miniauditório, dias 11 e 12 às 17h.
A Cigarra e a Formiga
Teatro Dr. Botica, dias 13 e 14 às 15h
Ari Areia um Grãozinho Apaixonado
Teatro José Maria Santos, dia 15 às 15h e 17h
Urucum e o Fogo
Praça Santos Andrade em frente à UFPR, dia 11 às 11h e às 14h
Dom Quixote
Teatro Dr. Botica, dia 12 às 15h e dia 13 às 17h
Mundaréu
Escadarias da UFPR, dia 17 às 19h

Atração convidada
Boti no Planeta Água
Cia Manoel Kobachuk
Teatro Dr. Botica, dias 10 e 11 de julho às 15h e 17h

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