Fenaban propõe reajuste de 2%; bancários pedem 7,05%

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgou nesta quarta-feira (27) sua proposta de reajuste salarial para os bancários. Em nota encaminhada à imprensa, a entidade destacou que propôs reajuste de 2% sobre os salários praticados em agosto de 2006; correção das verbas de natureza salarial e demais benefícios em 2%; pisos salariais corrigidos com o mesmo porcentual; além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), a proposta ficou bem abaixo do reivindicado e foi mal recebida pelos trabalhadores. Neste momento, o Comando Nacional da categoria está discutindo a atitude que será tomada, para decidir qual será a indicação para as assembléias dos sindicatos.

"A proposta é uma vergonha, porque os banqueiros estão propondo redução salarial. Dois por cento de reajuste não repõem nem a inflação do período e nós queremos aumento real", afirmou, em comunicado à imprensa, o presidente da Contraf, Vagner Freitas. "Além disso, a proposta dos bancos é menor que a do ano passado, mesmo com aumentos recordes de lucratividade que obtiveram", acrescentou.

A categoria, com data-base em 1º de setembro, reivindica aumento real de salários, de 7,05%, além de participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Ontem, de acordo com balanço da confederação, que representa trabalhadores de 23 Estados e do Distrito Federal, a paralisação de 24 horas de advertência atingiu 120 mil bancários no País.

A assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região, informou que não está descartada greve da categoria por tempo indeterminado nos próximos dias. O sindicato lembrou que, no ano passado, após seis dias de paralisação em outubro, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mínima de 80% do salário, mais R$ 800.

Voltar ao topo