Exportações do setor industrial do Paraná crescem 24%

As exportações do setor industrial do Paraná chegaram a US$ 4,27 bilhões entre janeiro e agosto de 2005. A evolução de 24% (+US$ 821 milhões) no resultado dos embarques de produtos manufaturados, em comparação com o mesmo período de 2004, garantiu o crescimento de 1,2% da balança comercial paranaense neste ano. De cada cem produtos embarcados pelo Paraná, 64 são industrializados, revela o levantamento.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) – divulgados, nesta segunda-feira, pela Fiep e pela Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul – apontam que no ano as exportações do Paraná atingiram US$ 6,62 bilhões, contra US$ 6,54 bilhões nos primeiros oito meses do ano passado.

Em agosto, as exportações atingiram US$ 965 milhões, crescendo 3,46% sobre o mesmo mês do ano anterior (US$ 933 milhões). ?Mesmo com o dólar desfavorável, a exportação continua sendo a melhor opção dos industriais, diante de um mercado interno oprimido por altas taxas de juros e tributação elevada?, afirma o presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures.

O setor automotivo foi um dos destaques das exportações de produtos industriais. Toda a cadeia automotiva exportou US$ 1,57 bilhão em 2005. O volume de embarque de automóveis com motor 1.0 cilindradas saltou de US$ 12,5 milhões, em 2004, para US$ 354 milhões. As vendas de automóveis 1.5 cilindradas, com motor a diesel, que resultaram num faturamento de US$ 1,64 milhões no ano passado, passaram para US$ 62,6 milhões, no acumulado do ano.

?Com o aumento nas vendas dos automóveis também cresceram as vendas de autopeças?, afirma Henrique Santos, responsável pela área de Novos Negócios da Fiep. A alta na venda de bombas injetoras foi de 52,4%. O resultado em 2004 foi de US$ 83,7 milhões e neste ano chega a US$ 127,6 milhões.

O setor de carne também registra boas vendas no mercado internacional. Até agosto, o destaque foi frango, que acumulou um faturamento de US$ 559 milhões. No ano anterior, as vendas foram de US$ 437 milhões. Com a abertura do mercado russo, as exportações de carne suína quase duplicaram, saindo de US$ 55 milhões para US$ 101 milhões, de janeiro a agosto.

Apesar do complexo soja registrar recuo de 36,7% nas vendas internacionais neste ano, o segmento continua entre os primeiros itens da pauta de exportação paranaense. Somados grãos, óleo e farelo, os embarques renderam US$ 1,33 bilhão. Ao mesmo tempo, a venda de açúcar cresceu 85%.

Foram vendidos até agosto US$ 147 milhões, contra US$ 79 milhões no ano passado. Outra alta foi na venda de madeiras de coníferas (serradas e perfiladas), que atingiram negócios de US$ 170 milhões, quando no ano passado não ultrapassaram US$ 92 milhões.

Superávit e importação

No mês, o superávit cresceu 6,42%, saindo de US$ 544 milhões em 2004, para US$ 579 milhões em agosto deste ano. No acumulado do ano, o saldo da balança comercial foi menor que o do ano passado, caindo de US$ 3,96 bilhões para US$ 3,49 bilhões, entre janeiro a agosto.

Até agosto, o Paraná importou US$ 3,13 bilhões, contra US$ 2,58 bilhões, nos primeiros oito meses de 2004. Houve um crescimento de 21,13% na compra de produtos importados. O coordenador de Novos Negócios da Fiep, Henrique Santos, explica que a maioria dos produtos importados são matérias-primas ou semimanufaturados usados na indústria.

O produto mais comprado no mercado internacional, no acumulado do ano, é o Óleo Bruto de Petróleo, que saiu da marca de US$ 180 milhões, em 2004, para US$ 405 milhões. De acordo com o Centro Internacional de Negócios da Fiep, a compra do produto está associada a baixa do dólar. Também cresceram as importações dos produtos da cadeia automotiva, como Partes e acessórios de tratores (35%), Caixa de marcha para veículos (44,3%) e Motores 1.0 (255%).

Destino

Atualmente o principal parceiro comercial do Paraná são os EUA, que compraram US$ 914 milhões em produtos paranaenses até agosto, com alta de 11,52%. Em segundo lugar vem a Alemanha (US$ 773 milhões) e a China (US$ 528 milhões).

No entanto, houve queda na lucratividade das relações comerciais com os chineses, em função da queda do preço da soja. Em 2005, nesta mesma época do ano, os paranaenses tinham totalizado vendas de US$ 934 milhões aos chineses. As vendas para o Mercosul cresceram 9,48%, saindo de US$ 527 milhões para US$ 577 milhões.

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