Os 25 países da União Européia (UE) aprovaram hoje (12) o embargo contra o Brasil e acusam a volta do foco de aftosa no Pais como resultado da falta de preparação do País em tomar as medidas propostas por Bruxelas para controlar a situação fitossanitária no território nacional. A comissária agrícola da Europa, Marianne Fischer Boel, explicou que a medida tomada contra as carnes brasileiras não pode ser considerada uma ação protecionista e que deve ser entendida como uma forma de defesa sanitária da Europa.
Os 25 estados que formam parte da UE votaram e aprovaram a sugestão da Comissão Européia de suspender as importações brasileiras. A decisão entrará em vigor em cerca de dez dias e valerá para carne desossada e maturada. A decisão pode ser revisada quando houver novas informações por parte do Brasil sobre a situação no País.
A restrição impedirá que todas as carnes abatidas antes de 30 de setembro no Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná entrem no mercado europeu. Os carregamentos que já estejam à caminho da Europa serão devolvidos, ainda que a opção da destruição possa ser considerada por alguns países da UE. O bloco deixou claro ao Brasil que espera que o País aceite a devolução dos produtos.
"A proteção fitossanitária é crucial para a UE e temos de nos proteger. O Brasil não deve tomar essa medida como uma ação protecionista, inclusive porque estamos importando cada vez mais carnes e precisamos de fornecedores", afirmou Fischer Boel. Segundo ela, com a reforma na política agrícola, a produção européia tem sido reduzida.