Estudantes marcam novo protesto contra reajuste em São Paulo

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, disse nesta terça-feira (28) que se o prefeito Gilberto Kassab (PFL) insistir no aumento da tarifa de ônibus de R$ 2 para R$ 2,30, os estudantes continuarão indo às ruas para protestar contra o que ele chamou de "abuso". Durante passeata hoje em São Paulo contra o reajuste, ele prometeu juntar mais manifestantes do que desta vez (200, segundo a Polícia Militar) em nova manifestação amanhã às 10 horas, na Praça da Sé.

"Esse aumento não dá, e ainda tem o Kassab que não quer encontrar com a gente" para discutir a questão. "O prefeito tem a cara de pau de aumentar a passagem para R$ 2,30", disse Petta.

Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São Paulo, Edilson de Paula Oliveira, adotou um tom mais conciliador. "Não somos contra o reajuste, mas queremos um canal de negociação com as autoridades." Com este canal, ele disse que poderia ser discutido um aumento tarifário menor e dentro da inflação. "Poderíamos aceitar um reajuste de 6%.

Oliveira informou que entregará representação na Justiça contra o aumento amanhã e avisou que a CUT também não vai desistir de protestar contra o novo preço da passagem do ônibus, ressaltando que a pressão estudantil-operária "vai dar certo". Já Petta, que em alguns momentos esbravejou contra a polícia e chegou a discutir com um policial, disse que nem os 6% de reajuste eram aceitáveis, embora não descartasse a idéia de um canal de negociação.

Os estudantes saíram da Avenida Paulista aos gritos de ordem e ameaçaram "parar a cidade" caso o aumento realmente seja imposto. Também gritaram palavras de ofensivas para o prefeito. Além disso, improvisaram "catracas" de ônibus feitas de papelão e as pularam, simbolizando que não aceitarão o aumento proposto.

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