Esteio econômico

O Paraná sempre teve no setor florestal um de seus principais esteios econômicos, notabilizando-se nas últimas décadas como primeiro pólo exportador de produtos de madeira, com a participação de 30% do total nacional. Os lotes embarcados para o mercado externo trouxeram ao Paraná, em 2004, algo em torno de U$$ 1,2 bilhão.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria da Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), no ano passado o Brasil faturou US$ 3,85 bilhões no comércio internacional da madeira, multiplicando por três o total das vendas.

Os principais mercados para produtos derivados da madeira produzida no Brasil são os Estados Unidos, a Europa e a China. Contudo, o setor investe muito na localização de outros nichos promissores na Ásia e Oriente Médio. Fontes da Abimci revelam grande otimismo quanto ao reconhecido potencial de compradores como o Egito e a Arábia Saudita.

Um dos óbices ao crescimento sustentável do setor madeireiro no Brasil é a inexistência duma política séria de reflorestamento, como se faz na Argentina e Uruguai, apenas para lembrar os dois parceiros do Mercosul.

O País detém conhecimento científico e amplo espaço para a implantação de florestas plantadas, entre as mais produtivas do mundo, mas quase nada se fez nesse campo.

Notícia alvissareira vem de União da Vitória, na região sul do Estado, onde a Faculdade da Cidade (Face) está oferecendo um curso de especialização em Engenharia da Madeira, com vistas a habilitar profissionais para atender a complexidade de exigências gerenciais da importante atividade.

O acerto da medida faz-se notar pelo interesse despertado nas grandes empresas que atuam no ramo, dispostas a celebrar acordos de cooperação com a instituição de ensino. A demanda reprimida de gerentes de produção para o setor madeireiro no Paraná é elevada, e não pode ser suprida pela ausência desses profissionais no mercado.

Iniciativas desse porte, merecedoras do apoio irrestrito da sociedade, garantem ao Paraná prosseguir na vanguarda da produção florestal brasileira e, ademais, irradiar esse conhecimento para as demais regiões produtoras.

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