Energia nuclear é tema de seminário franco-brasileiro no Rio

Rio de Janeiro – A Eletronuclear, responsável pelo funcionamento e manutenção da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, constituída pelas usinas Angra 1 e Angra 2, aguarda decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para dar continuidade à construção da usina de Angra 3.

Pelo Plano Decenal de Energia, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética do Ministério de Minas e Energia, Angra 3 deverá entrar em funcionamento em 2013.

A informação foi dada pelo assessor da presidência da Eletronuclear Leonam  dos Santos Guimarães. ?A Eletronuclear está no grid de largada, esperando a decisão de Angra 3", disse ele. Tomada essa decisão, a empresa está pronta para cumprir o cronograma previsto no plano decenal, acrescentou.

Representantes da Eletrobrás estão participando hoje (10), no Rio, do Seminário Franco-Brasileiro de Produção de Eletricidade por Tecnologia Nuclear. O seminário encerra um ciclo de encontros que começou Curitiba, na última quarta-feira (4), e  percorreu também as cidades de Recife e São Paulo.

Leonam Guimarães disse que, atualmente, a geração nuclear participa com 2,5% da matriz energética brasileira, contra 78% na França. Com Angra 3, ele acredita que haverá um salto de cerca de 40%, o que elevará a participação da fonte nuclear na matriz para algo  superior a 3%.

O seminário conta com a participação da Areva, empresa francesa que é a maior fornecedora mundial de centrais nucleares, e também parceira da Eletronuclear nas usinas de Angra dos Reis. ?Os dirigentes da Areva demonstram interesse no potencial que o Brasil tem de participar do mercado internacional de urânio como fornecedor, e isso abre um leque muito grande de parcerias?, destacou Leonam.

Embora seja o sexto maior produtor mundial de urânio, o Brasil só prospectou até agora menos de um terço do território nacional. As reservas conhecidas até o momento em apenas duas jazidas (Itataia, no Ceará, e Lagoa Real, na Bahia) somam cerca de 310 mil toneladas. Segundo Guimarães, se forem contadas outras jazidas existentes no Pará, Amazonas e Minas Gerais, a posição brasileira no ranking em termos de reservas de urânio subirá para o segundo ou terceiro lugares em reservas.

Voltar ao topo