Encontro nacional discute programa contra drogas levado a escolas

Cerca de 750 pessoas, entre policiais militares, pais e educadores, participam, desde esta segunda-feira (11) o 3.º Encontro Nacional do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), realizado no Centro de Treinamento de Faxinal do Céu. O objetivo do encontro é discutir os novos rumos da educação preventiva. ?Também estamos comemorando os cinco anos de implantação do Proerd no Paraná, onde já conseguimos levar a nossa filosofia a mais de 400 mil crianças?, disse a coordenadora operacional do programa, major Rita Aparecida de Oliveira.

O Proerd é mantido pelas polícias militares em todos os Estados brasileiros e atende crianças do ensino fundamental. Até a próxima sexta-feira (15) os participantes discutem as experiências implementadas em suas cidades e regiões. ?A linha mestra do Proerd é uma só. Mas cada região brasileira tem peculiaridades e, às vezes, o que é posto em prática num local pode ser perfeitamente aproveitado em outra realidade. Quando se trata de prevenção e de um público formado por crianças, toda criatividade é bem-vinda?, disse a major, lembrando que o processo de ensino e aprendizagem deve estar sempre em evolução.

Desde a sua implantação no Paraná, em 2000, o Proerd já formou cerca de 420 mil crianças. Elas receberam aulas que incluíam, principalmente, a educação preventiva para evitar o contato com as drogas e com situações de violência em geral. As 17 lições do Proerd são levadas até os alunos das quartas séries do ensino fundamental durante um semestre letivo. As aulas são dadas pelos instrutores, policiais militares fardados, que passam por cursos de capacitação e estão aptos a lidar com público da faixa etária entre 9 e 11 anos. ?Eles também têm contato direto com os professores e com os pais, que se unem nessa corrente positiva contra as drogas?, explicou a major Aparecida.

Cooperação técnica

De acordo com a coordenação estadual do Proerd, o programa mantido pela PMPR é o único que se insere no campo da pesquisa científica para a melhoria contínua de seus resultados. ?Temos a cooperação técnica de instituições de ensino superior e isso faz com que nosso aperfeiçoamento seja constante?, disse a oficial. Ela lembrou que detalhes como este estarão em discussão durante o encontro, ?já que o policial militar que atua no Proerd precisa ter em mente que é um educador social, ou seja, aquele que atua fora da educação natural (dos pais) e da educação formal (da escola)?. ?O policial, neste caso, é um ponto de referência para a criança?, completou.

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