Uma iniciativa dos empresários da indústria de vestuário em Londrina (PR) e região começa a virar realidade. Nesta terça-feira (6), empresários e entidades parceiras reúnem-se para discutir a constituição e implantação de um Arranjo Produtivo Local (APL), exclusivo do setor.
O encontro, que vai das 16h às 18h, no escritório regional do Sebrae em Londrina, contará com a presença de representantes do Sebrae no Paraná, Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário (Sivepar), Sistema Fiep, Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Companhia de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal.
A organização do setor em APL traz inúmeras vantagens. Unidos, os empresários do setor passam a ter mais força política e empresarial, conseguem se organizar com mais eficiência, com planejamento estratégico. Podem buscar mais recursos, linhas de financiamento especiais como as oferecidas pelo Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT), parcerias com entidades e capacitação de mão-de-obra. Através do APL, uma experiência ainda recente no Brasil, as indústrias do vestuário de Londrina e região poderão também formar uma central de negócios.
A formação de arranjos produtivos na região já tem exemplos bem sucedidos, como o APL de Tecnologia da Informação, organizado em 2006 em Londrina, e o APL de Móveis, com sede em Arapongas, dentre outros.
Para o gerente regional do Sebrae no Paraná em Londrina, Heverson Feliciano, a organização de um APL, envolvendo empresários da indústria de vestuário, é importante para o desenvolvimento econômico de Londrina e região. ?O vestuário é um dos setores que mais gera empregos e impostos para Londrina e região. Essa parceria, em torno do APL, é uma evolução do trabalho dos empresários. Organizados num arranjo produtivo, terão mais força?, aposta o gerente regional.
O presidente do Sivepar, Marcos Tadeu Koslovski, destaca a iniciativa dos empresários de Londrina e região. ?A formação do APL é conseqüência de um trabalho do setor. Já somos reconhecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior como um pólo regional. Praticamente já existe uma governança. O que precisamos é definir as prioridades, o que vamos fazer em termos de planejamento?, assinala. Koslovski explica que problemas do setor como a carência de mão-de-obra poderão ser melhor administrados com as indústrias do vestuário organizadas em um APL.