Embratur encerra primeira etapa de implantação de software livre até abril

A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) encerra, até o final de abril, a implantação da primeira etapa de software livre em todos os seus computadores. Com a medida, o Instituto deve deixar de gastar com licenciamento de programas cerca de R$ 155 mil. A economia representa algo em torno de 33% do valor de todas os equipamentos de informática do Instituto.

Nos bastidores a Embratur já conta, desde 2003, com um sistema de webmail com cerca de 300 contas, todo construído em plataforma livre. Se pago, custaria ao Instituto R$ 65 mil. O webmail é um sistema que permite que o usuário acesse seu e-mail em qualquer terminal do mundo. Além disso, já estão funcionando dois sites também desenvolvidos em plataforma livre: www.braziltour.com, em quatro idiomas (português, inglês, espanhol e francês) e o www.brasilnetwork.tur.br. Ambos com economia estimada de R$ 20 mil.

O presidente do ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), Sérgio Amadeu, acha que com a migração de seus servidores, a Embratur está seguindo o exemplo de diversos órgãos públicos pelo País, que estão adotando sistematicamente o software livre em sua estrutura para aumentar a segurança de seus sistemas, ter autonomia tecnológica e contribuir também com a diminuição da emissão de recursos através de licenças para o exterior: "Isso provoca uma reação em cadeia na mudança de comportamento do mercado, que cada vez mais terá empresas com técnicos especializados nas plataformas e aplicativos livres, democratizando o acesso a tecnologia e criando empregos".

De acordo com Carlos Seixas, gerente substituto de informática da Embratur, o software livre é um programa de computador que pode ser usado, copiado e distribuído livremente. "Os produtos comerciais têm códigos secretos e é crime copiá-los. Já o software livre não só pode ser copiado como também modificado. Além de toda a economia que sua implantação representa, existe um grande significado político no seu uso", diz.

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