Eduardo Rodríguez, esperança de paz na Bolívia

Eduardo Rodríguez, presidente da Suprema Corte, chegou hoje a um cargo que nunca imaginou que iria chegar por causa da instabilidade institucional da empobrecida Bolívia.

Para que ele chegasse à chefia de Estado, os presidentes do Congresso, Hormando Vaca Díez , e da Câmara, Mario Cossío, tiveram de renunciar a suceder ao renunciante presidente Carlos Mesa.

Rodríguez, de 49 anos, foi designado para o cargo à meia-noite de quinta-feira quando o Congresso se reuniu na cidade de Sucre para aceitar a renúncia do presidente Mesa e escolher seu sucessor.

Presidente do tribunal superior desde março de 2004, seu nome começou a ser apontado para suceder Mesa diante dos intensos clamores populares para que Vaca Díez e Cossío renunciassem a seu direito constitucional de assumir o poder. Terceiro na linha sucessória, segundo a Constituição, ele era o único que poderia convocar eleições antecipadas.

A designação de Rodríguez foi respaldada por Mesa em uma mensagem à nação durante a semana, na qual alertou que a Bolívia enfrentava o risco de uma guerra civil.

Nascido na cidade de Cochabamba, centro da Bolívia, Rodríguez formou-se em 1981 em Direito na Universidade de San Simón e obteve o mestrado em Administração Pública pela Universidade de Harvard.

Foi catedrático de várias universidades bolivianas e coordenador residente do Instituto Latino-americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente. Rodríguez chegou à Suprema Corte em 1999 como ministro após ser eleito pelo Congresso

Apesar de não constar em seu currículo nenhuma atividade política, há uma ampla trajetória na atividade jurídica.

Pouco antes de sua posse, o novo presidente declarou a rádios locais que a Bolívia "deve ingressar em uma séria reflexão que leve a um futuro. Esse futuro dependerá da prudência e da sabedoria com a qual suas instituições encontrem um melhor porvir".

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