Vendas de chocolates devem crescer 7%

Cem milhões de ovos de chocolate. Esse é o número que as indústrias prometem colocar a disposição dos consumidores para a Páscoa de 2008. Isso representa 22,9 mil toneladas de chocolate, que somados aos produtos para cobertura e fabricantes artesanais, deve chegar a 26,4 mil toneladas de produtos. É um crescimento 7% acima do volume comercializado no ano passado. A notícia menos doce desse ano é que os preços deverão ficar, em média, 4,7% mais caros que em 2007.

Os números são da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), que divulgou ontem em São Paulo as projeções do segmento para a Páscoa, considerada a principal data do setor. A previsão é que o faturamento atinja R$ 767 milhões, em preços ao consumidor, 12% acima de 2007. A explicação para esse crescimento está no aumento do poder de compra da população e no investimento das indústrias em oferecer opções diferenciadas. ?As crianças têm atrativos como os brinquedos, e o consumidor mais tradicional tem barras e bombons. Mas as empresas continuam diversificando nas embalagens, produtos mais refinados com maior concentração de cacau, e opções diet, entre outras novidades?, afirmou o vice-presidente da área de chocolate da Abicab, Maurício Weiand.

Como a Páscoa representa um mês anormal de produção de chocolates moldados, as empresas vão gerar neste ano 25 mil postos de empregos temporários, sendo 40% na produção e 60% na comercialização e atendimentos em pontos de venda, estocagem e exposição.

Mas quando o assunto é exportações, o setor não anda tão bem assim. Hoje as empresas nacionais exportam cerca de 5% da sua produção para 140 países. De acordo com o vice-presidente de mercado internacional e exportações da Abicab, Ubiracy Fonseca o setor perdeu competitividade em função da valorização do real frente ao dólar. Além disso, as importações também vêm crescendo, e em dois anos saltaram de US$ 28 milhões para US$ 45 milhões. Já as exportações passaram, no mesmo período, de US$ 150 milhões para US$ 132 milhões. Apesar disso, garante Fonseca, o saldo na balança comercial ainda continua positiva em US$ 180 milhões.

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