Venda clandestina de gás preocupa sindicato

Uma campanha que está sendo desenvolvida pelo Sindicato das Empresas Distribuidoras de GLP em parceria com o Sindicato dos Revendedores de Gás no Paraná (Sinregás-PR) pretende colocar fim à revenda clandestina de GLP, o gás de cozinha. Segundo dados do Sinregás-PR, há em Curitiba e Região Metropolitana cerca de 3 mil revendedores clandestinos – cinco vezes mais do que os 600 estabelecimentos que têm licença para trabalhar. Em todo o Paraná, são aproximadamente 2 mil revendedores legais contra 8 mil ilegais.  

A campanha será lançada na primeira quinzena de dezembro, inicialmente na Grande Curitiba. ?Queremos mostrar à sociedade quem é o revendedor de gás autorizado, legalizado, e orientar a comunidade a não comprar em locais clandestinos?, explicou o presidente do Sinregás-PR, José Luiz Rocha. Segundo ele, no dia do lançamento da campanha cada revendedor autorizado irá receber uma placa com a marca de revenda legal. Assim, o consumidor que não encontrar a placa em um determinado estabelecimento já saberá de antemão que ele não tem permissão para revender o GLP. Também os veículos dos revendedores autorizados receberão faixas, diferenciando-se dos demais.

?As companhias têm total interesse na preservação das marcas. O botijão é um recipiente muito seguro, testado, mas as condições de armazenamento podem torná-lo inseguro?, alertou o Carlos Domingues, contratado pelo Sindigás para coordenar o projeto que visa abolir os pontos clandestinos.

A comercialização de derivados de petróleo sem a devida autorização é crime. A Lei Federal 8.176/01 prevê pena de um a cinco anos de detenção e a Lei 9.478/00 prevê multa que varia de R$ 20 mil a R$ 5 milhões. O órgão responsável pela fiscalização é a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Segundo José Luiz Rocha, do Sinregás, comprando em revendas autorizadas o consumidor tem a garantia de que o botijão pesa de fato 13 quilos e de que não está comprando um produto adulterado, com água, por exemplo. ?Quando se vê botijões sendo vendidos em aviários, mercados, panificadoras, e os funcionários sem qualquer treinamento, é algo que preocupa muito?, apontou. Para ele, o consumidor é leigo e pensa apenas na facilidade de comprar no local mais próximo.

Sobre botijões adulterados, Rocha afirmou que os consumidores devem ficar atentos a alguns detalhes. ?A marca estampada no botijão, a marca do lacre e a da etiqueta informativa devem ser a mesma?, comentou. ?Se não for, o produto é adulterado.?

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