Avaliação

Valores no atacado em queda puxam recuo do IGP-M

A intensa desaceleração registrada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) na segunda prévia de maio foi influenciada pelos preços no atacado, com destaque para os produtos ligados à indústria, e no varejo, com certo alívio nos preços de alimentos. O custo da construção, contudo, aumentou em ritmo maior neste mês, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Na prévia anunciada nesta segunda-feira, 19, o IGP-M mostrou queda de 0,04%, ante elevação de 0,83% na segunda prévia de abril. A retração de 0,45% no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi a principal contribuição para este resultado. Ao todo, os três estágios de processamento tiveram queda nos preços. De acordo com a origem, houve recuo entre os produtos industriais (-0,66%), enquanto os agropecuários desaceleraram, mas ainda permaneceram em terreno positivo (0,07%).

Entre os bens finais, o recuo de 0,21% na segunda prévia de maio foi influenciado pelo subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 10,97% na apuração de abril para -0,84% na leitura divulgada há pouco. Já nos bens intermediários, o recuo de 0,25% foi puxado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura (0,19% para -0,49%).

O índice referente a Matérias-Primas Brutas teve queda de 0,97%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram minério de ferro (-2,03% para -6,16%), bovinos (3,94% para 0,00%) e aves (1,49% para -3,91%). No sentido contrário, há itens em aceleração, como café (-3,42% para 6,61%), laranja (-15,47% para -6,66%) e soja (-1,47% para -0,03%).

Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,66% na segunda prévia de maio, menos do que a taxa de 0,76% em igual período do mês anterior. Segundo a FGV, quatro das oito classes de despesa desaceleraram, com destaque para Alimentação (1,44% para 0,63%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 7,74% para 0,98%.

Também ganharam força os grupos Vestuário (1,33% para 0,88%), Transportes (0,58% para 0,54%) e Despesas Diversas (0,47% para 0,37%). As maiores contribuições para estes movimentos partiram dos itens roupas (1,71% para 1,16%), gasolina (1,02% para 0,12%) e clínica veterinária (2,46% para 1,05%), respectivamente.

No sentido contrário, aceleraram os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,70% para 1,31%), Habitação (0,57% para 0,70%), Educação, Leitura e Recreação (-0,07% para 0,13%) e Comunicação (-0,09% para 0,17%). Nestes grupos, destacam-se os itens medicamentos em geral (0,99% para 2,41%), tarifa de eletricidade residencial (0,11% para 2,93%), passagem aérea (-16,07% para -3,37%) e tarifa de telefone residencial (-0,41% para 0,47%), respectivamente.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,06% na segunda prévia de maio, contra 0,47% na segunda prévia de abril. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços avançou 0,46%, contra 0,74% no mês passado. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra acelerou de 0,22% para 1,61%.

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