Uso da capacidade da indústria cai para 81,6%, diz CNI

O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) da indústria brasileira caiu para 81,6% em setembro ante 82,2% em agosto, segundo dados divulgados hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O resultado ficou abaixo das estimativas dos analistas consultados pela Agência Estado, que iam de 81,9% a 82,1%.

Com exceção das vendas reais, todos os indicadores industriais dessazonalizados registraram queda em setembro na comparação com agosto. As horas trabalhadas na indústria – indicador que mede a produção – recuaram 1,3% em setembro ante agosto e cederam 0,4% na comparação com setembro de 2010. O emprego na indústria, por sua vez, recuou 0,3% em base mensal, mas apresentou um crescimento de 1,1% em base anual.

Já as vendas reais, que são medidas pelo faturamento da indústria, mantiveram a curva de crescimento pelo quarto mês consecutivo. Em setembro, o indicador cresceu 1% na comparação com o mês anterior e avançou 4,1% em relação a um ano antes.

Por fim, a massa salarial real cresceu 7,3% ante setembro de 2010 e o rendimento médio real avançou 6,2% no mesmo período. Para esses dois últimos indicadores, a CNI não divulga o resultado dessazonalizado em relação ao mês anterior porque a série histórica é curta.

Segundo os dados da CNI, todos os indicadores registram alta no acumulado do ano. As vendas reais subiram 5,1% de janeiro a setembro, em relação aos nove primeiros meses de 2010. As horas trabalhadas crescem 1,7% no mesmo período, e o emprego 2,7%. A massa salarial real registra expansão de 5,5% em 2011, enquanto o rendimento médio real subiu 2,7%.