O representante da Comissão Européia na discussão do padrão de TV digital, Paulo Lopes, disse hoje (6) que é difícil negociar contrapartidas em outras áreas de produção econômica sem conhecer as exigências do governo brasileiro. Além dos critérios técnicos, o Brasil deverá exigir contrapartidas econômicas dos países detentores da tecnologia. A escolha do padrão digital a ser adotado no Brasil será entre o europeu (DVB), o americano (ATSC) e o japonês (ISDB).
Segundo Lopes, as empresas européias têm interesse ?muito forte? em investir no Brasil, caso seja adotada a tecnologia DVB (Digital Video Broadcasting), mas a natureza do investimento ainda será negociada. ?A Comissão Européia e os governos europeus estão muito comprometidos em apoiar a introdução da TV digital no Brasil?, afirmou. Segundo ele, existe um fundo de E$ 63,5 milhões (Alliance for the Information Society) que pode ser usado em projetos de inclusão digital na América Latina.
Lopes relatou que, na semana passada, foi feita uma reunião da comissão mista União Européia-Brasil, na qual foi discutida, entre outros temas, a TV digital, mas o governo brasileiro ainda está identificando os requisitos que serão considerados. ?A TV digital tem potencial para o desenvolvimento social e econômico do Brasil e o estabelecimento de parceria entre o Brasil e a União Européia terá impacto comercial e cultural?, afirmou.