União Européia espera contração de 4% da zona do euro em 2009

A economia dos 27 países europeus que fazem parte da União Europeia (UE) entrou em sua pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), afirmou hoje a Comissão Europeia, braço executivo da UE, ao cortar suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e elevar a estimativa para o desemprego na região. A Comissão espera agora que as economias da União Europeia e da zona do euro (16 países europeus que compartilham a moeda) encolham 4% este ano. Em janeiro, a Comissão esperava contração de 1,8% na UE e de 1,9% na zona do euro.

“A economia europeia está no meio de sua recessão mais profunda e mais disseminada da era pós-guerra”, afirmou o comissário para relações econômicas e monetárias, Joaquin Almunia, em comunicado.

Para 2010, a Comissão espera contração de 0,1% na UE, mesma projeção de queda do PIB para a zona do euro.

Países

Irlanda e Alemanha devem ter a pior performance na zona do euro este ano. A economia da Irlanda deve encolher 9% em 2009, enquanto a Alemanha deve ter contração de 5,4% este ano, com base nas projeções da Comissão. Em 2010, a Alemanha deverá ter crescimento de 0,3%.

Os países Bálticos, Estônia, Letônia e Lituânia são os mais duramente atingidos em toda a UE, com cada um devendo ter contração de mais de 10% em 2009.

A economia britânica, por sua vez, deverá registrar contração de 3,75% em 2009 e crescimento de 0,1% em 2010, previu a Comissão Europeia.

A economia da França deve ter contração de 3% este ano e de 0,2% em 2010. “Não há sinais claros de recuperação no curto prazo”, disse a Comissão.

O PIB da Espanha deverá cair 3,2% em 2009 e encolher 1% em 2010, previu a Comissão. Na Itália, a projeção é de contração de 4,4% este ano.

Desemprego

O desemprego será pior do que o esperado anteriormente este ano e aumentará ainda mais em 2010, de acordo com a Comissão Europeia. Na zona do euro, a taxa de desemprego deve alcançar 9,9% em 2009 e subir para 11,5% em 2010. Na UE, a taxa deve ser de 9,4% este ano e de 10,9% no ano que vem. As informações são da Dow Jones.

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