TRT adia julgamento sobre greve em Suape, em PE

O Tribunal Regional do Trabalho da 6.ª Região (TRT-6) adiou para a próxima terça-feira o julgamento da legalidade da greve dos trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape, cujas obras estão em construção no complexo industrial portuário de Suape, no município metropolitano de Ipojuca. Uma nova rodada de negociações, sob a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), foi marcada para segunda-feira, em nova tentativa de acordo. Além de se posicionar sobre a legalidade da greve, o TRT-6 também vai apreciar de forma conjunta as reivindicações dos trabalhadores da refinaria e da petroquímica, que querem 100% sobre as horas extras do sábado e vale alimentação de R$ 160,00. A última proposta patronal, de 80% e R$ 130,00, foi rejeitada em assembleia.

O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores na Construção Pesada, Wilmar Santos, estima que a greve alcança 34 mil trabalhadores – o que inclui os empregados de todos os 26 consórcios e empresas contratados pela refinaria, e das unidades de PTA, POY e PET da Petroquímica Suape. Para o Sindicato Nacional da Construção Pesada (Sinicon), este número está superestimado e não pode ultrapassar os 28 mil trabalhadores. “É este o efetivo contratado hoje nas obras de construção dos dois empreendimentos”, afirma a advogada do Sinicon, Margareth Rubem.

A paralisação foi iniciada no dia 17 pelos 4.822 trabalhadores do Conest – consórcio formado pela Odebrecht e OAS responsável pelas unidades de hidrotratamento e destilação atmosférica da refinaria. No dia seguinte, a paralisação se estendeu por todos os canteiros de obras da refinaria e, nesta semana, alcançou a construção das três fábricas da Petroquímica.

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