Trabalho doméstico remunerado recua com aumento da atividade familiar

Rio de Janeiro – Mais brasileiros passaram a se dedicar aos afazeres domésticos entre os anos de 2001 e 2005. Um estudo divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, registrou aumento nesse contingente de 66,9% para 71,5%. O levantamento teve como base as informações contidas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

De acordo com a técnica do IBGE, Cristiane Soares, responsável pelo estudo, esse resultado reflete uma ligeira queda do trabalho doméstico remunerado, que nesse período recuou de 7,8% para 7,6%, e ainda a queda do rendimento real das pessoas, que em 2001 era de R$ 858,00, e em 2005 passou para R$ 763,00.

?Esses fatores levaram as pessoas a realizar mais tarefas domésticas. Houve uma redução na contratação e alteração na forma de contratação. Quem tinha uma empregada doméstica e passou a ter diarista, por exemplo, vai ter que fazer algumas coisas a mais em casa?, destacou a técnica do IBGE.

Para a professora aposentada Edna de Freitas, o trabalho aumentou nos últimos anos. Antes, sua família contava com dois empregados, mas por rearranjo no orçamento, precisou romper o contrato com um deles. ?Todos tivemos que fazer um pouquinho a mais. O trabalho aumentou para todo mundo aqui em casa.?

O estudo do IBGE revela ainda que a aquisição de bens duráveis e o acesso a novas tecnologias que facilitam o trabalho doméstico contribuíram para reduzir o número e horas gastas com as tarefas do lar. Em 2001, os brasileiros gastavam em média quase cinco horas por dia com atividades domésticas. Em 2005, esse número caiu para quatro horas diárias.

Voltar ao topo