Os mais de 3 mil metalúrgicos da fábrica de caminhões Volvo paralisaram as atividades na sexta-feira (10) em protesto contra a proposta da montadora sobre Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e data-base. Em assembleia, os trabalhadores rejeitaram o pacote de R$ 30 mil proposto pela empresa, dos quais R$ 15 mil seriam pagos neste mês e o restante no início de 2014, além de 3,5% de aumento real.
A categoria pede PLR de R$ 22 mil, com adiantamento de R$ 12,5 mil para maio, além de aumento real de 3,5% mais abono salarial de R$ 8 mil em setembro, acompanhado do reajuste do vale-mercado de R$ 239 para R$ 350. “Queremos é que os trabalhadores recebam tudo o que lhes é de direito neste ano, e não uma parte agora e a outra só no ano que vem”, explica Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC).
Na tarde de ontem, representantes do sindicato se reuniram com a da diretoria da Volvo, mas, segundo Butka, as negociações não avançaram. “Na segunda-feira teremos mais uma assembleia com os trabalhadores em frente à fábrica. Se não tivermos nenhuma proposta por parte da empresa, teremos mais um dia de paralisação”, adianta.
Contradição
Em nota, a Volvo afirma que a proposta rejeitada em votação pelos trabalhadores foi apresentada pelo sindicato e aceita pela empresa. Ainda segundo o texto, a montadora consentiu em pagar R$ 30 mil, entre PLR, 3,5% de aumento real na data-base, em setembro, além da reposição da inflação. Por esta proposta, a empresa adiantaria aos seus 4 mil funcionários R$ 15 mil, ainda neste mês, referente aos resultados de 2013.