Trabalhadores da Volks querem garantia de emprego

Os trabalhadores da Volkswagen-Audi, em São José dos Pinhais, não aceitam negociar o plano de reestruturação proposto pela direção da empresa sem que haja a garantia de emprego. A decisão foi tomada ontem à tarde, durante assembléia realizada em frente ao portão principal da fábrica.

?Não vamos negociar enquanto a direção da empresa não oferecer contrapartida?, afirmou o primeiro-secretário do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Jamil D?Avila. No final do mês passado, a direção da empresa apresentou aos sindicatos dos trabalhadores as medidas da segunda fase do plano de reestruturação, que pretende reverter os oito anos seguidos de prejuízos. Entre estas medidas estão o retrabalho para corrigir falhas na linha de montagem sem remuneração; fim do aumento real de salário nos próximos dois anos – sendo que 15% da reposição da inflação pelo INPC variaria de acordo com o cumprimento de metas de produção e qualidade; alteração no banco de horas, entre outras.

?Não vamos discutir a flexibilização para atender os interesses da empresa se não houver garantia da manutenção dos empregos?, salientou D?Avila. Os sindicatos dos trabalhadores falam em 5,7 mil demissões até 2008, mas a direção da empresa não confirma o número.

Greve

Sobre possível deflagração de greve, Jamil D?Ávila afirmou que por enquanto esta hipótese está descartada. A direção da empresa já informou, não oficialmente, que irá conceder férias coletivas aos 4,2 mil trabalhadores da montadora em São José dos Pinhais entre os dias 17 e 26 de julho.

A planta de São José dos Pinhais produz 810 veículos por dia, entre Golf, Fox e Audi A3, que são exportados para a Europa, América Latina e México e atendem o mercado interno. O piso salarial na montadora é R$ 1.083,00 e o salário médio na linha de produção, R$ 1,5 mil. 

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