No Paraná, os trabalhadores rurais representam 1,2 milhão de pessoas. Desse total, 420 mil são trabalhadores assalariados, porém, 65% dessa mão-de-obra está na informalidade. A falta de consciência dos trabalhadores para se unirem e lutarem por uma nova realidade tem sido considerado um dos pontos principais desse cenário. As formas de como promover essa mudança são um dos temas que estão sendo discutidos em Curitiba durante o I Encontro Sobre Assalariados Rurais.
O evento, promovido pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), está reunindo cerca de 60 trabalhadores rurais de diversas regiões do Estado. De acordo com o diretor de políticas sociais da Fetaep, Antonio Zarantonello, a proposta do encontro é capacitar esses trabalhadores para que conheçam e tenham condições de lutar por seus direitos. ?Queremos despertar nesses trabalhadores a consciência da sua importância para a economia brasileira?, comentou.
Segundo Zarantonello, a união da categoria é imprescindível para a conquista, não só do combate da informalidade, mas de outros direitos. Um exemplo citado por ele da força dos trabalhadores foi a entrada em vigor da instrução normativa 65, do Ministério do Trabalho e Emprego, que determina regras rígidas para o recrutamento e transporte de trabalhadores rurais no Brasil. Para transportar os trabalhadores de um local para o outro, os empregadores precisam de uma certidão da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), que só concede o documento mediante a comprovação da regularidade de todos os contratados.